Páginas

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Culpa/Peso na consciência

Gente, gostaria de começar me desculpando pelo sumiço do blog, andei postando mais no instagram (@responsaadolescente) pela facilidade e a falta de tempo de elaborar posts pra cá. Mas esse final de semana uma amiga de uma prima minha disse que acompanhava o Responsabilidade Adolescente e adorava as fotos do Nico, que uso com a tag #nicolindo ... aquilo me deu um UP. Decidi que dessa semana não passaria, e eu ia sim postar aqui! O mais engraçado foi que hoje aconteceu algo que me deu vontade de relatar e falar sobre: Culpa de mãe! Então vamos lá... 

Ontem a noite Nicolas estava chato pra dormir, pediu pra assistir um desenho, como tínhamos ido num chá de bebê a tarde, achei que ele estivesse cansado e logo dormiria, dei-lhe um banho, e o preparei pra dormir, aqui na sala mesmo. Eu deitei do lado dele, dei a mamadeira pra ele e tudo nos seus conformes. Eu dei umas pescadas (assumo), mas ele estava em segurança o tempo todo, pois ele fica bem quietinho assistindo os desenhos, mas quando acordei, olhei a hora e eram 2h30 da manhã, ele ainda acordado. Conversei com ele que iriamos dormir, que estava na hora de desligar a tv, relutou muito, levei ele a força pro quarto (de verdade). Ele relutou bastaaaaante, conseguiu pegar no sono 3h da manhã, ainda não querendo dormir, ele apoiou apenas a cabeça no travesseiro e o resto do corpo ficou pra fora da cama, de pé mesmo ele dormiu. Arrumei ele e dormi também. 

Hoje pela manhã, acordei, arrumei tudo, e ele dormindo o tempo todo. Papai disse para deixa-lo em casa, mas na semana passada ele já havia faltado um dia por atraso meu e na escolinha publica eles são mais rígidos quanto as faltas (há casos de pais que foram parar no Conselho Tutelar por conta de faltas excessivas e sem motivos de seus filhos), e eu tinha alguns afazeres da casa mesmo planejados já, e não que a presença dele me atrapalharia, mas eu faria com mais rapidez e tranquilidade. Enfim, chegando na escolinha, eles não podem aceitar as crianças dormindo, tive que acorda-lo, o levei até o banheiro, lavei o rostinho, e ele dizia "mamãe, quero ir pra casa" com aquela voz de sono, e meu coração começou a doer... conversei com a professora sobre leva-lo pra casa de volta, ela disse que naquela altura não poderia, pois assim ele iria pensar que qualquer dia que ele me pedisse pra não ficar, eu o levaria e tudo certo para ele. Eu concordei, pediram pra sentar ele na mesinha do café, conversar com ele, tirar chupeta (pior momento) porque quando eu tirei, ele começou a chorar, mas nós mães sabemos diferenciar choros, e o dele não era de birra, ou por estar bravo, era aquele chorinho de dor, sofrimento, como quem diz: "mamãe, eu não quero ficar aqui hoje, por favor me leva embora" ... e imaginem o que aconteceu, mamãe começou a chorar junto com a criança. É, acreditem. Eu me segurei, conversei com ele, tentei passar calma na minha voz (acho que não funcionou bem, pois ele continuava chorando daquele jeitinho), disse que voltaria logo para busca-lo, que ali ele brincaria com os amiguinhos, com a professora e tudo mais. Tentei o máximo que pude, mas a professora disse que cuidaria dali pra frente, tive que ir embora, eu não consegui nem olhar pra ele de volta, virei as costas e caminhei rumo a minha culpa, fui embora aos prantos. Confesso que hoje foi pior que o primeiro dia de aula. 

Após o ocorrido, me mantive em silencio, e me peguei refletindo muito sobre isso, o quanto aquilo me machucava e porque. 
"Porque nós mães sentimos culpa?" 
Gente, que perguntinha complicada. Ainda não achei a resposta. 
Mas a minha culpa, foi justamente por sentir que ele não queria estar ali, e por me arrepender de te-lo levado até lá, mesmo depois que papai me pediu para não leva-lo. 

Com isso, hoje eu concluo que: Eu preferia não ter a minha casa tão arrumada e limpa no dia hoje, porque isso não compensaria a dor que meu filho evitaria de sentir, nem um momento de lazer junto comigo. Que talvez, um dia lá na frente eu precise realmente que ele vá pra escola, por eu trabalhar ou qualquer algo do tipo, e não poder ficar com ele. Foi um dia perdido sem ele, momentos perdidos. Sei que foi só um dia, mas isso me serviu de lição pro resto da vida. Quero dizer que nada compensa, exatamente nada, digo nada incluindo até o trabalho, porque muitas das vezes colocamos ele em primeiro lugar, mesmo sendo massacradas e usadas e tudo mais, pensando em que será o melhor para os nossos filhos se ficarmos até tarde, para garantir o futuro deles e blablabla... Não que isso esteja errado, mas conheço casos de mães solteiras que se matam de trabalhar pra cuidar do filho sozinhas, as vezes em dois empregos ou até mais, e acabam deixando seus filhos um pouco a deriva, perdendo alguns momentos com eles. E talvez esse não seja o melhor assim, as vezes eles só querem você ali, pra conversar, brincar, jantar juntos e ver um desenho. Pronto, fizeram o dia deles.
É tão simples, e o sacrifício vale a pena, a recompensa de ter um sorriso deles, um beijo, um abraço, e para os que sabem falar aquele tão sincero "eu te amo mamãe" é realmente maravilhoso. 
Por isso que mesmo na minha idade, com todos os momentos da adolescência que eu "perdi", pois é o que muitas pessoas dizem, que eu não conseguiria mais fazer as coisas que uma garota sem filhos faria, como noites na balada, sair sem hora pra voltar, ir pra onde eu quisesse com facilidade, poderia beber, curtir... eu penso que nenhum tipo de momento como esses compensaria o sorriso e o amor do meu filho. Não me arrependo nenhum um pouco de te-lo assumido quando descobri que ele viria ao mundo. Não me arrependo de nenhuma balada que perdi, ou bebida, ou festa, ou curtição. Nada no mundo me faria tão feliz, ou tão completa o quanto ele faz. É difícil ser mãe, tem lá seus problemas e dificuldades, mas hoje eu digo, pra ser boa mãe basta dedicação e paciência. 

Eu bato no peito com maior orgulho pra dizer que larguei sim muitos momentos que poderia ter na vida, como menina, ou mulher, pra cuidar e estar com meu filho. Porque eu tenho mais que absoluta certeza que TUDO isso, todo esforço e sacrifício feito, no final valeu e ainda vale muito a pena!!!

Ainda me sinto culpada, e me emocionei novamente ao escrever tudo e relembrar do momento. Mas é assim mesmo que aprendemos! 

Essa foto representa o amor de mãe de todas as formas e espécies do mundo.

"Ser mãe é ter um desafio para ultrapassar a cada dia, é acordar e ter que matar um leão, ou até dois, mas receber uma das maiores recompensas da vida: o amor de quem foi gerado por nós."

Que tenhamos uma boa semana... e estou esperando ansiosamente a hora de ir buscar o meu gordinho, e podem ter certeza que hoje ele não terá sossego, ficarei grudada nele rs

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Volta ás aulas: Tristeza ou tranquilidade?

Gente, olha, vou deixar claro antes de escrever qualquer coisa, eu sou o tipo de mãe que é super protetora sim, mas não coloca o filho em uma redoma de vidro para que nada o afete (graças a ajuda do papai também). Sou apegada com ele, apenas. O papai é mais liberal, e eu sou a que pega mais no pé. Enfim, vamos ao que interessa: 




Ano passado meu filho teve uma alergia chamada Molusco Contagioso (estou preparando um post sobre isso), que até hoje não sabermos ao certo onde ele pegou. E como o próprio nome diz, é contagioso, então ele teve de ser afastado da escola, isso ocorreu no começo do mês de novembro. Encontrei uma dermatologista pediatra e ela fez o tratamento nele, que demora um pouco, foram 3 consultas, a primeira para avaliação, a segunda para retirar as primeiras lesões, e na terceira depois de 15 dias para a retirada de algumas lesões que restaram. No final das contas, ele não conseguiu terminar o tratamento antes do término das aulas, então ficou comigo em casa esse tempo todo. Criamos uma rotina diária, tinha dias que eu o levava no parquinho, outros dias que ele brincava com água na sacada do prédio, enquanto eu fazia uns trabalhos de casa. Nos acostumamos a ficar juntos... E confesso que eu adorava, não me incomodava de nada. Tinha dias que estressava, mas só de saber que meu filhinho tava do meu lado, tudo passava. Nesse meio tempo eu desfraldei ele, em casa, sem ajuda de escolinha, como contei aqui

Bom ontem eu fui na reunião da escolinha dele, e como contei no instagram ontem mesmo, eu quase chorei apenas na reunião, só de imaginar que ele não ia mais estar comigo grudadinho todos os dias. Eu confesso que ainda não comprei os "materiais" dele (mochilinha nova e produtos de higiene) porque não aceitei ainda essa mudança. Nunca fui boa com mudanças drásticas mesmo. Mas já marquei com uma amiga para me acompanhar pra comprar isso esse final de semana. 
Ontem passei o dia conversando com ele, e uma hora ele me disse "mas mamãe, você vai me deixar sozinho lá?" Aquilo me cortou o coração... eu respondi "não filho, você vai estar com seus amiguinhos, brincando no parquinho, e a professora vai estar com vocês", ele aceitou tranquilo. Só que dormiu muito mal a noite, não sei porque, e como ele dorme tão bem ultimamente, achei estranho, ele se mexeu demais e dormiu apenas nos meus pés. 

1º dia de "aula":
Pela manhã foi difícil de acordá-lo, mas com muito custo consegui, ele não comer nada, nem tomar mamadeira, pediu suco. Fomos conversando o caminho todo, e ele só quis colo, daqueles que ele fica agarrado na gente, como se tivesse te pedindo para não largá-lo. Eis que novamente ele pergunta se eu irei deixá-lo sozinho, eu respondi que não como da primeira vez, e dessa vez ele disse "você volta pra me buscar mamãe?" eu respondi "claro que sim filho". Tudo bem até então.
Chegando perto da escola, ele todo contente "olha minha escola mamãe" eu sorri e brinquei com ele, entrando lá ele disse "mamãe vou guardar a chupeta se não a pofessora biga comigo" (isso ele lembra), maaaaasss quando pisei o pé dentro do pátio, ouvimos de fundo crianças já chorando, ele começou a ver que aquilo era real, entrando na salinha ele disse "mamãe eu quero minha casinha, minha CASINHA" já com lágrimas nos olhos e indo pro colo da professora. IMAGINEM MEU CORAÇÃO, ouvir ele dizendo "MINHA CASINHA MAMÃEEEE" aí dá um sentimento de abandono, por mais que eu saiba e tenha a certeza que ele não será mal cuidado, e nem ficará abandonado. 
Minha mãe disse "ju, isso é coisa da sua cabeça, ele vai ficar bem, você sabe como ele é tranquilo"... talvez tenha me acalmado, mas eu sai da escolinha triste, e morrendo de dó... mas no fundo sei que será bom pra ele, afinal, terá convivência com outras crianças, outros mundos, brincadeiras, parquinho, músicas e tudo mais que uma criança adora e DEVE fazer. 
Na volta, a professora disse que ele ficou muito tranquilo, não deu trabalho. Fez xixi no banheiro direitinho e tudo certo. E quando eu perguntei pra ele como tinha sido na escolinha sabem o que ele me fez?: balançou os ombros e disse "nada mamãe". Olha que sem vergonha, não quis me contar nada, tentei insistir mais até agora ele fala esse "nada". 
E eu vou confessar que não tive coragem de tirar uma foto se quer dele indo pra escola, pra não ver aquela solidão estampada na minha cara. (enfim)

Eu não tenho o que reclamar de lá, pois desde que entrou no ano passado, se desenvolveu muito, ele come muito bem, as professoras sempre elogiaram, mas não foi só isso, desenvolveu melhor a fala, a coordenação motora, aprendeu que se deve dividir brinquedos, por mais que ele já tivesse episodio de brigas (mordidas, mais especificamente) com amiguinhos por causa de brinquedos no começo do ano, e isso foi trabalhado, junto com os pais. Mas percebemos uma grande melhora nele. É esperto e muito inteligente modéstia parte. Graças a Deus não tivemos problemas, era sempre o papai que o levava e ele voltava de transporte escolar e ficava com uma vizinha minha amiga, pois eu trabalhava. 

***

Bom, o que eu quero dizer mesmo mamães, é que hoje eu sei que devemos ensina-los a seguir seus caminhos, aprender coisas novas, mesmo porque é como dizem: "Criamos nossos filhos para o mundo, não para nós." Eu ficaria muito feliz se fosse ao contrário, mas infelizmente não é. 
Um dia, quando eles começarem a seguir seus rumos, com honestidade, dignidade e respeito, poderemos dizer "que orgulho do meu filho" e esse é meu maior sonho, de verdade.
É pra isso que crio meu filho, para ele seguir sua vida, sem esquecer do amor, respeito e ensinamentos que eu e o Thiago damos a ele. 


*** 

Meu coração ainda dói... será que é feio faltar no segundo dia de "aula"? rs... brincadeirinha! 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Depoimento n° 1

Eba! Consegui com uma conhecida que ela relatasse tudo o que aconteceu com ela quando descobriu a gravidez precoce, com direito até a fotinhas do pequeno Bryan que é lindo e tem até mexa no cabelo (awn):


"Olá. Meu nome é Bruna, tenho 19 anos. Tudo começou quando eu tinha apenas 16, eu engravidei já namorava a 3 anos e descobri em dezembro de 2011 que esta gravida do pequeno Bryan. Minha gravidez foi ótima fora os enjoos no começo, estava tudo bem rs. Foi um pouco difícil para contar a minha família, pois era muito nova e já estava esperando um bebê. Mas deu tudo certo no final. A cada dia o pequeno Bryan crescia mais e mais, fomos para a primeira ultrassom com muita ansiedade, mas não consegui ver o sexo do bebe. Sai da sala com muita raiva, pois queria saber logo qual era o sexo do bebê, nisso passaram meses e meses e eu fui descobrir quando estava já com 7 pra 8 meses de gravidez, que era um menino e que já estava grande e saudável. Quando chegou começo de agosto na semana do dia 13 comecei a sentir contrações era o pequeno avisando que já estava querendo sair, mais não estava ainda na hora pois ainda faltava 2 semanas para o dia previsto para o parto. Dentro dessas duas semanas sofri demais com as contrações, pois não conseguia dormir mais, sofri com muitas e muitas contrações, ia no medico e eles diziam que ainda não estava na hora, que eu tinha que caminhar para estimular o parto, mas nem caminhar eu conseguia de tanto dor. Nesse tempo fiquei insuportável pois não aguentava escutar barulho nenhum e todos os dias ia no medico para ver se eles consegui fazer meu parto logo mais na não adiantava, me mandavam embora pra casa de volta. Quando chego no dia 19 comecei a sentir as contrações mais fortes pois já estava quase no dia previsto, quando foi as 20 horas comecei a passar muito mal e minha bolsa estourou. No momento não sabia o que era e falei para minha mãe: Mãe estou fazendo xixi na calça e não estou sentindo. Mas a ficha não tinha caído que era bolsa que tinha estourado, depois de 2 minutos a ficha foi cair e sai correndo para tomar um banho e ir ao hospital. Tive que ser carregada pelo meu pai, pois não aguentava andar de tanta dor, chegando no hospital me examinaram e disseram que já estava em trabalho de parto, fui para um quarto onde fiquei a madrugada inteira tomando soro e sentindo contrações e nada do pequeno sair quando foi a 6:21 da manhã do dia 20 o pequeno nasceu com 4.205 kg e 46 cm, senti um sentimento que nunca tinha sentido pois era um ser que tinha saído de mim, meu filho, e hoje o pequeno está grande esbanjando energia para dar e vender ;)"




















Reparem na mexa do cabelo dele (fofura)